quarta-feira, 14 de junho de 2017

Mãe!

Que palavrinha doce, tão doce quanto um favo mel. Tão doce quanto um maná do céu.

A primeira palavra que ainda engatinhando tentamos balbuciar: mamã, mamã. Como isto é lindo, divino, sim; digo divino, pois só vindo de Deus esta fabulosa mulher, que nos enche de orgulho. Podemos exaltá-la com adjetivos e superlativos, como boa – boníssima, linda – lindíssima, amada – amabilíssima, caridosa – caridosíssima; e muitos outros poderia citar para caracterizar o coração desse ser em igual que nos deu a vida, que nos afagou em seu seio quando iniciamos o caminho tortuoso de nossas vida terrestre.

Os poetas têm adágios para definir “Mãe”, tal como:

“Mãe é padecer o paraíso”

Ela pode até padecer no paraíso, contudo a alegria que vive da felicidade por possuir o dom divino da maternidade é maior.

Se presenciarmos um nascimento, vemos a angustia, o sofrimento por dores alucinantes de uma parturiente, mas todo esse sofrimento se transforma em lagrimas de alegria ao ouvir o chorinho delicioso de seu rebento a luz do dia.

Deste dia em diante uma mãe vai chorar muito, tanto de alegria quanto de tristeza.

Quisera que ela só chorasse de alegria.

As lágrimas vão umedecendo sua face ao perceber as engatinhadas, os primeiros passinhos, os balbucios de “mamã, mamã, mamã” ao levar o pequerrucho à creche, ao comemorar o diploma do ABC, como assim, no término do segundo e ao saber que seu rebento passou no vestibular. Mais lágrimas de alegria a ir a festa de formatura do ente amado.... E, então, ao ir ao casamento do seu filho, e, ao passar um tempo lagrimas ao ver seu tão almejado neto.

Mas toda esta alegria, às vezes torna-se uma tristeza. Que mãe não irá chorar ao perder seu filho prematuramente. Chora também de preocupação e tristeza quando o filho envereda por caminhos errados, muitas vezes terminando em prisões.

Hoje, em nosso convívio, temos filhos com mães e, infelizmente, outros sem mães.

Aos que têm, rogo e imploro: amem suas mães. Beijem suas mães; todos os carinhos são poucos o quanto elas estão com vocês, e amanhã, talvez isto não aconteça.

Aos que já viram suas queridas mães partirem, inclusive eu, apenas as saudades nos sufocam, causando uma angústia enorme e muitas vezes ao lembrarmos da ausência de nossas queridas e afetuosas mães; então, é a nossa vez que sentirmos o rosto umedecer por pingos dolorosos de saudade.

Quando menino, ao ler um livro, existia um diálogo entre dois meninos, do qual nunca esqueci. Um dos meninos tinha mãe e o outro já não a tinha mais.

O menino órfão abraçou seu companheiro e em prantos balbuciou: “tens mãe, és mais feliz que eu, pois eu a tive, mas ela morreu.”

Para terminar meu louvor às mães, vou plagiar os poetas

Olavo Bilac e Cassimiro de Abreu. Disseram os poetas:



“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! Não verás nenhum país como este!”



“Oh ! que saudades que eu tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!”



Digo eu para mim e para todos que leram esse meu pensamento:

“Ama, com fé e orgulho, a mãe da qual nasceste em que nasceste! Em todo mundo jamais encontraras um amor como este.”



E...

“Oh ! que saudades que eu tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha mãezinha querida



Que não a verei jamais!”

sábado, 12 de abril de 2014

O mais excêntrico pedido de casamento!

Do Livro "Retalhos do Sertão"
do meu saudoso Tio Alício Barreto. 


"Nosso Senhor tem morador neste mundo velhos de toda qualidade...", assim falou-me  o amigo José Palmeira. Certo dia, quando palestrávamos em seu posto de gasolina e  ele prosseguiu: "...próximo ao sítio em que morávamos, deu-se um pedido de casamento que foi o mais interessante que possa imaginar.

Xilogravura: J. Victtor
O velho Pai de uma moça estava, de manhã cedo, sentado de cócoras em frente ao seu casebre amolando uma foice debaixo de uma latada, à beira da da estrada, quando surgiu em disparada na sua frente um cavaleiro afoito que ao brecar o cavalo levantou uma rajada de poeira em cima do ancião e falou-lhe grosseiramente:

- Bom dia, diabo velho!

O ancião ligeiramente levantou-se e retrucou aborrecido:

- Bom dia, diabo nojento! Você é cego, debochado ou é doido?

- Nem cego, nem debochado, nem doido.  - respondeu o visitante:  e vim foi  pedir sua filha Joana em casamento. Se quiser dá, dê! E se não quiser, dane-se! Vá pro inferno com todo sua 'famia', porque não sou adulo macho nem mulé!

- E você tem posses pra sustentar uma mulé seu cabra da peste sem vergonha?

- Se não tivesse, cá não teria vindo, tá abistontado é?

- Pois se tens posses e coragem pra 'trabaiá pru mode' de minha 'fia' não passá fome, apei-se e vamos marcar o casamento seu cabra safado!

O inusitado visitante saltou do cavalo e os dois acertaram o dia do casamento. Enquanto isso, Joana em seu quarto pulava de contentamento, pois já não mais 'ficaria para titia'.


quarta-feira, 5 de março de 2014

Curtas para rir: "Mulheres Opostas"

Duas mulheres iniciavam uma discussão: uma era barraqueira, matraqueira e falava tanto que os tímpanos alheios doíam, a outra era calma, pacata e tímida. Foi então que a barraqueira começou a falar...

"- Você é uma vigarista, uma boçal, uma desclassificada."

E a calma rebateu: "- É como lá!"

Alvoroçada, a matraqueira retrucou: "- Eu sou uma mulher do bem, sou da melhor qualidade, todo mundo mundo gosta de mim!"

"- É como cá!", devolveu a mansa.

E assim continuou, quando ofendida a calma dizia "é como lá" e quando a braba se vangloriava ela repetia "é como cá!"


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O pirão de pedra!

( imagem arretada daqui! )
Zé Pilanta era uma ocioso trapaceiro, vivia de praticamente de embuste enganando Deus e o mundo para tirar vantagem e daí angariar lucro e sobreviver às custas de suas presepadas. Mas como diz o ditado: "não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.", pois bem, zé Pilantra não mais conseguia ludibriar ninguém, uma vez que suas estrepolias já estavam manjadas e Zé Pilantra ficou em palpos de aranha para arranjar sustento. O jeito foi sair de sua cidade e ir para outro lugar onde sua tramoias eram desconhecidas.

Foi então que depois de perambular por vários dias ele chegou em um vilarejo e foi logo procurando uma vítima para satisfazer seus instintos de alma sebosa. Chegou na frente de uma casa e gritou:

- Oh de casa?

Um voz lá de dentro respondeu: - Oh de fora, o que desejas 'vosmecê'?, perguntou a dona da casa a porta.

Zé Pilantra respondeu: - Bons dias Dona, como é sua graça? 

- Eu me chamo Josefa, mas todo mundo me chama de Zefinha. 

E Zé para angariar simpatia exclamou: - Eita que nome bonito! Mais bonito bonito do que este estou por ver!, deixando Dona Zefinha toda orgulhosa pelo galanteio que acabara de ouvir. Zé Pilantra continuou: - Meu nome é José da Silva, mas pode me chamar apenas de Zé que eu atendo com muito gosto.

- Em que posso lhe servi-lo Seu Zé?

Zé Pilantra muito matreiro respondeu: - Nada que possa prejudicá-la, apenas queria que vosmecê me ajudasse a fazer meu pirão de pedra.

- Pelas barbas do Belzebu!, resmungou Dona Zefinha, - vosmecê tá zombando deu?! Ninguém come pedra!

Prontamente Zé Pilantra disse: - Vou mostrar pra vosmecê que o pirão de pedra é o melhor pirão que vosmecê irá comer. Para isso a Dona só precisa me ajudar a fazer esse delicioso pirão me dando alguns temperos e ele ficará um pitel!

- Pois diga o que vosmecê quer que vou lhe dar com muito gosto!

Rapidamente Zé Pilantra dedilhou a lista: - Quero um pouco de farinha, uns ovos, um pedaço de carne, umas verduras, sal e pimenta se não for demais pra vosmecê não...

- Não, não! Para comer desse pirão de pedra tudo o que eu der é pouco!

E Zefinha deu todos os ingredientes pedidos por Zé Pilantra, não deixando de ir olhar como era cozido o tal pirão prodigioso. Depois de uns tempos observando a panela cozinhar Dona Zefinha entrou na sua casa atendendo a um chamado de seu filho. Era a oportunidade que matreiro Zé Pilantra queria para dar um fim a pedra que estava na panela. Tirou a dita cuja e a atirou longe para que ninguém a encontrasse.

Dona Zefinha voltou ao local aonde Zé Pilantra fazia o pirão logo Zé Pilantra declarou: - Pronto, está cozido o pirão de pedra!

- Oxente Seu Zé, cadê a pedra?!

- Ora bolas, cozinhou, não está vendo? Desmanchou-se Dona Zefinha. Vamos comer que minha barriga está dando roncos de fome.

E assim eles comeram o tão pirão de pedra, que, de tão bom que eles acharam rasparam até o fundo da panela.

Depois de satisfeito do pirão, Zé Pilantra tratou de ir embora pois Dona Zefinha, por gostar tanto do pirão, disse iria fazer um outro em sua casa para seu marido que estava para chegar  de uma viagem. Por isso Zé Pilantra botou os pés na estrada matutando como bolar um novo ardil para enganar outro inocente e dando gargalhadas em função do seu êxito no pirão de pedra.

Dona Zefinha botou numa panela todos os ingrediente que deu ao Zé Pilantra, não esquecendo da badalada pedra e esperou três, quatro, cinco e seis horas e nada da pedra desmanchar. Foi aí que ela sentiu que foi ludibriada e enfurecida gritou: - Aquele 'fidumaégua' me enganou, se ele aparecer 'pru qui' de novo juro que me vingo. Tiro suas calças e corto seus documentos de macho, pois apareça, seu filho do demo!!!

Zé Pilantra por ali nunca mais passou!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A canjica sumiu!!!

( Festa Junina de 2012 aqui na nossa rua.
Fotografia da minha filha Fabíola)
O São João no Nordeste Brasileira é uma festa ruidosa, alucinante fazendo concorrência até com o carnaval. É forró para todo lado, muitos fogos de São joão são pipocas, muitas fogueiras são acesas, muita comida típica do feriado Junino, como a Canjica - creme para os Sulistas. Pamonha, bolo, pé de moleque, milho assado, milho verde cozido, muita bebida  e tudo isso torna o Nordeste nem um tremendo arraial principalmente nos interiores dos estados nordestinos.

As moças solteiras fazem simpatias prevendo ver o nome de seu futuro cara-metade enfiando uma faca na pobre bananeira, que, segundo elas, sai na lâmina brilhosa as iniciais do futuro marido; e muitas outras simpatias que não me recordo agora.

Feito esse resumo vou-lhes narrar um fato verídico por demais pitoresco na cidade do Figueredo no sertão da Paraíba, lá pelos meados dos anos 50.

Nesta cidade havia uma fazenda cuja dona se chamava Dona Mariquinha. A dita cuja era tia afim de meu cunhado. Na fazenda existia uma empregado meio bobão, avantajado, cujo apelido era Negão.

Pois bem, em uma festa de São João na fazenda Dona Mariquinha já tinha deixado tudo preparado para a farra, como era costume, para que todos os trabalhadores comparecem com suas famílias para confraternizarem uns com os outros e usufruírem de todos os festejos que anualmente eram ansiosamente esperados.

Dona Mariquinha mandou fazer uma fogueira enorme e chamou um sanfoneiro para tocar forró a noite inteira. Fez bolo pé de moleque, bolo de milho, muita pamonha (cural) e dez travessas grandes de canjica (creme), pratos esses que davam para alimentar umas cinquenta pessoas .

( imagem ilustrativa, fonte com receita aqui! )
Os convidados já estavam chegando quando Dona Mariquinha chamou Negão dizendo:

- Negão, se você quiser jantar, coma logo sua canjica...

Dito isto Dona Mariquinha para o jardim receber os convidados. Haviam várias mesas, a dos bolos, das canjica, dos milhos assado e cozinhado, das bebidas, caninhas, conhaques e tudo mais.

Pois bem, Negão sentou-se na mesa das canjicas e soltou a boca, uma a uma as travessas foram ficando limpas. Quando comeu a última canjica Negão deixou a mesa exausto de tanto comer, que, sem forças para andar, ficou foi sentado no chão mesmo.

Pouco tempo depois Dona Mariquinha entrou na sala de refeições e estupefata exclamou:

- Negão, meu filho!!! Cadê as canjicas?!

E Negão meio sonolento respondeu: "A senhora disse que eu podia comer minha canjica, pois bem, comi! A senhora mandou, obedeci."

Depois desta foi preciso procurar canjicas em outras casas para satisfazer o paladar dos convidados.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Xandó, o machão!

Existia um quarteto da pesada, companheiro na bebida e das farras. São eles: "Xandó", o fanfarrão. O tipo de cara que só quer levar vantagem; e com as mulheres, então, sem se fala. Dizia Xandó com muito gosto:

- "Comigo mulher como na minha mão, nunca levei um fora! Todas caem na minha lábia e fazem o que eu mandar, todas para mim são amélias."

Xandó era um tipão avantajado, usava uma cabeleira à la Sansão e um bigode de Salvador Dali. Os outros companheiros de boemia, eram o Júlio, o mais jovem, franzino e submisso. Cláudio era o mais velho, o mais gaiato e só gostava de mulher velha. Dizia ele que "galinha velha é que dá o melhor caldo". E, finalmente o Pacato, o mais comedido, pois exercia sobre os outros uma soberania.

Cansados os três de ouvirem tantas bravatas de Xandó, acertaram de lhe pegarem uma peça no dito cujo para lhe servir de lição e que assim ele ficasse mais humilde.

Um belo dia o quarteto marcou uma farra que se prolongou por toda a noite.

Já de manhãzinha Xandó de tanto beber capotou. Seus colegas tentaram acordá-lo sem sucesso e então tomaram a decisão: "Pronto!" - disseram - "vamos dar uma lição nesse fanfarrão!"

Rapidamente rasparam seu bigode, suas grossas sobrancelhas e cortaram metade de sua cabeleira. Xandó ficou parecendo um extraterrestre. Passados umas três horas Xandó acordou e o trio, quase morrendo de rir não aguentava olhar para cara nova de Xandó, que desconfiado perguntava:

- "O que é que está acontecendo? Estão vendo um palhaço, seu safados?!"

E os três gargalharam tanto de cair! Foi nisso que Cláudio, o mais gaiato, pegou um espelho e deu para Xandó. O machão endoidou!

- "Vou matar vocês, três fídumaégua!!!

Foi um corre-corre, apareceu a turma do deixa-disso e conseguiram acalmar Xandó, enquanto os três desaparecendo rindo.

Xandó cortou relações com os três, teve que raspar a outra parte da cabeleira e não pode sair de casa até que as sobrancelhas crescessem, pois a única vez que saiu na rua, antes disso, ouviu assovios e gritos de "linda, linda, linda!!!"

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

"Mulé macho!"

Dona Celcina, minha Mãe, que Deus a tenha lá no céu, foi acima de tudo uma heroína. Ainda hoje choro a sua ausência, mas sabendo que falta pouco para voltar a encontrá-la - pois já tenho 82 primaveras e acho que se aproxima o desenlace dessa vida para uma melhor, assim espero. Pois bem, vamos aos fatos...

Lá pelos anos 50 morávamos no bairro de Dois Irmãos, naquele tempo, um dos mais distantes da cidade do Recife. O único meio de transporte era o bonde.

Mamãe, Dona Celcina, separou-se de meu Pai que foi um marido lastimável e faliu por pura irresponsabilidade, perdendo tudo o que tinha: uma casa comercial, toda a mobília da casa, as jóias de mamãe e até a máquina de costura dela, que era exímia costureira e inclusive fazia até vestido de noivas nesta máquina.

Na época não havia indústria de confecções, todo vestimento eram confeccionados pelas costureiras, como Dona Celcina. Contudo, Dona Celcina não tinha mais uma máquina de costura e nem dinheiro para comprar uma. A mulher guerreira viu-se então, tendo que se deslocar do bairro de Dois Irmãos para os locais de moradia das freguesas, para poder exercer assim sua profissão com a máquina de costura da cliente; isso tudo para sustentar seus cincos filhos, pois, como já disse, meu pai - após sua falência - nos largou a nossa própria sorte. Mas mamãe era uma heroína mesmo, pegou o nosso barco, tomou o leme e não deixou naufragar.

E lá vamos nós ao fato da "mulher macho".

Dona Celcina era paraibana da cidade de Catolé do Rocha. Eu também sou paraibano de nascimento, mas pernambucano de criação.

Foi então um dia que Mamãe estava trabalhando na residência de uma família nobre, no bairro do Derby, onde só morava a classe de elite.

Nesta casa o dono era um médico cujo nome não me lembro, vou chamá-lo então de 'Dr. Ricardo' - esta é a única ficção dessa estória, o restante foram lágrimas e suor que eu mesmo vi, presenciei e chorei junto. A esposa de Dr. Ricardo chamarei de 'Dona Censura' - me perdoem, mas minhas primaveras já não me permitiram lembrar do nome da tal senhora. 

O casal Dr. Ricardo e Dona Censura viviam sozinhos, pois não tinham filhos. Na época os pernambucanos faziam chacotas com as paraibanas chamando-as de "mulher macho", visto que nesta época o Rei do Baião, o pernambucano Luiz Gonzaga lançou um disco - de vinil!!! - tendo uma das faixas a música "paraiba masculina mulher macho sim senhor", que fez muito sucesso o que não era muito bem visto pelas paraibanas.

Mamãe era bem tratada pelas freguesas ao ponto de fazer as refeições na mesa, com a freguesa e sua família. Um dia, na hora do almoço, Dona Censura que era a exceção e gostava de humilhar as pessoas não pertencentes ao seu nível social e em um tom de gozação, disparou:

"- Celcina é da Paraíba! É mulher macho!!!"

Dona Celcina que apesar de muito educada, não aguentou engolir esse sapo e respondeu: "- Dona Censura, eu tive cinco filhos, se sou mulher macho sendo mãe de cinco filhos, quem não tem nenhum o que será?!"

Silêncio na mesa, foi o que aconteceu.
E nunca mais Dona Censura ousou pronunciar  uma chacota com as paraibanas.

( em memória da mãe, avó e bisavó
Celcina Maia Pereira
)
NOTA¹: meu pai, parei diversas vezes para enxugar uma lágrima aqui e outra ali ao lembrar de tudo que você, minhas tias e meu tio Celmar e vovó Celcina passaram. Tenho muito orgulho de me chamar Fabíola CELCINA Maia Pereira, hoje, sou 'do Emery' por casamento. Mas o que vem de nascimento, no espírito fica. E a quem interessar possa, existe uma rua aqui em Recife homenageando a minha vó, a pedido de meu Pai, e até hoje lá está eternizada um pouco dela, na Rua Celcina Maia Pereira!
NOTA²: localização da rua que tem o nome em homenagem a vovó, aqui.
NOTA³: e seu Maia, largue de coisa que ainda vai demorar pra você reencontrar voinha, aguente mais um pouco a saudade, porque sua filha ainda quer colocar em seus braços um neto. Te amo!