Lá no sertão nordestino vivia uma cabrocha* faceira escultural com lindos peitos e um bumbum redondo que quando em sua formosura e saliência andava, o mesmo girava pra lá e pra cá, o que endoidava os machos da região, deixando-os babando, pois a cabrocha era de parar o trânsito de carroças e cavalos.
Seu nome era Florinda e em toda redondeza perguntavam:
" - Florinda, Florinda, quem vai ser príncipe encantado?"
" - Florinda, Florinda, quem vai ser príncipe encantado?"
E ela dizia: "Só me caso com homem velho e rico e que me dê liberdade, pois ser escrava não quero! Prefiro viver livre e sambar!", já que toda sexta-feira Florinda sambava até o sol raiar.
Na mesma vila vivia um ancião, sessentão, o Seu Cornélio. Pacato, solteiro, homem de posses pois como era sozinho conseguiu juntar muito dinheiro. Era o solteirão cobiçado pelas vitalinas* da vila, mas Seu Cornélio era duro na queda, não dava bola para nenhuma delas.
Um dia quando cavalgada seu alazão*, Cornélio se deparou com Florinda e foi flechado instantaneamente pelo cupido. O velho ficou doido de amor pela moça viçosa que cantada, consentiu em se casar desde que o pretendente a deixasse livre para suas saídas ao samba das sextas-feiras, pois a casa do samba era vizinha da casa de Seu Cornélio.
Passado uns tempos Seu Cornélio começou a definhar pois Florinda muito fogosa estava acabando com as forças do Seu Cornélio. O seu fim era inevitável e numa sexta-feira o velho bateu as botas!
Florinda ficou doida, ia perder o samba? O que fazer?!
Uma amiga a aconselhou contratar carpideiras* e foi o que Florinda fez; contratou a carpideira e em troca a mesma receberia um saco de dinheiro.
E lá foi Florinda sambar deixando a carpideira fazendo o velório de Seu Cornélio.
Lá do samba Florinda ouvia a carpideira se lamentando: "Oh Deus meu, porque choro eu? Por um defunto que não é meu! Para ganhar um saco de dinheiro que não sei se será cheio ou meio..."
Florinda sambava, pulava se esfregava e gritava como resposta:
Passado uns tempos Seu Cornélio começou a definhar pois Florinda muito fogosa estava acabando com as forças do Seu Cornélio. O seu fim era inevitável e numa sexta-feira o velho bateu as botas!
Florinda ficou doida, ia perder o samba? O que fazer?!
Uma amiga a aconselhou contratar carpideiras* e foi o que Florinda fez; contratou a carpideira e em troca a mesma receberia um saco de dinheiro.
E lá foi Florinda sambar deixando a carpideira fazendo o velório de Seu Cornélio.
Lá do samba Florinda ouvia a carpideira se lamentando: "Oh Deus meu, porque choro eu? Por um defunto que não é meu! Para ganhar um saco de dinheiro que não sei se será cheio ou meio..."
Florinda sambava, pulava se esfregava e gritava como resposta:
"Cheio, cheio bem socado, mais em cima e três punhados! Cheio, cheio bem socado, mais em cima e três punhados!"
E assim foi até de manhã quando o samba acabou e Florinda estava saciada de sua noitada festiva.
GLOSSÁRIO:
- cabrocha: mulata jovem, viçosa e feliz.
- vitalinas: mulher de idade que nunca casou.
- alazão: cavalo.
- carpideiras: mulheres que choram por defuntos nãos seus por dinheiro.
12 comentários:
Adorei... esperando mais...
Hahaha muito bom o causo! Estou acompanhando! :)
Risos... grande Seu Maia... adorei !!!!
kkkkkkkkkkkkk
Minina como seu Maia ta pop. Vai ter que dá um tablet para ele, Bí.
Mas que bicha sem vergonha rapaz... Mas tb a culpa é dele, a semana tem 7 dias e ele resolve morrer logo na sexta-feira sagrada... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ainda virará um livro!!
Estou adorando esses 'causos'!!
kkkkkkk! Dali Seu Maia! Parabéns!
Gente, que danada e esperta essa Florinda hahahaha, parece minha avó hahahahaha.
Amei!
Amei...Parabéns!!! Sempre bom ver e ler esses causos.
Agora já li , tá se saindo cada dia melhor.
Tô amando, Bi! Ele é demais!!!
Sabe que os causos do seu Maia me lembram essas minisséries da Globo que a gente AMA? Tipo Gabriela... as Brasileiras... consegui ler ouvindo até a voz do narrador.rsrsrs Sucesso total!
Postar um comentário