terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O pirão de pedra!

( imagem arretada daqui! )
Zé Pilanta era uma ocioso trapaceiro, vivia de praticamente de embuste enganando Deus e o mundo para tirar vantagem e daí angariar lucro e sobreviver às custas de suas presepadas. Mas como diz o ditado: "não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.", pois bem, zé Pilantra não mais conseguia ludibriar ninguém, uma vez que suas estrepolias já estavam manjadas e Zé Pilantra ficou em palpos de aranha para arranjar sustento. O jeito foi sair de sua cidade e ir para outro lugar onde sua tramoias eram desconhecidas.

Foi então que depois de perambular por vários dias ele chegou em um vilarejo e foi logo procurando uma vítima para satisfazer seus instintos de alma sebosa. Chegou na frente de uma casa e gritou:

- Oh de casa?

Um voz lá de dentro respondeu: - Oh de fora, o que desejas 'vosmecê'?, perguntou a dona da casa a porta.

Zé Pilantra respondeu: - Bons dias Dona, como é sua graça? 

- Eu me chamo Josefa, mas todo mundo me chama de Zefinha. 

E Zé para angariar simpatia exclamou: - Eita que nome bonito! Mais bonito bonito do que este estou por ver!, deixando Dona Zefinha toda orgulhosa pelo galanteio que acabara de ouvir. Zé Pilantra continuou: - Meu nome é José da Silva, mas pode me chamar apenas de Zé que eu atendo com muito gosto.

- Em que posso lhe servi-lo Seu Zé?

Zé Pilantra muito matreiro respondeu: - Nada que possa prejudicá-la, apenas queria que vosmecê me ajudasse a fazer meu pirão de pedra.

- Pelas barbas do Belzebu!, resmungou Dona Zefinha, - vosmecê tá zombando deu?! Ninguém come pedra!

Prontamente Zé Pilantra disse: - Vou mostrar pra vosmecê que o pirão de pedra é o melhor pirão que vosmecê irá comer. Para isso a Dona só precisa me ajudar a fazer esse delicioso pirão me dando alguns temperos e ele ficará um pitel!

- Pois diga o que vosmecê quer que vou lhe dar com muito gosto!

Rapidamente Zé Pilantra dedilhou a lista: - Quero um pouco de farinha, uns ovos, um pedaço de carne, umas verduras, sal e pimenta se não for demais pra vosmecê não...

- Não, não! Para comer desse pirão de pedra tudo o que eu der é pouco!

E Zefinha deu todos os ingredientes pedidos por Zé Pilantra, não deixando de ir olhar como era cozido o tal pirão prodigioso. Depois de uns tempos observando a panela cozinhar Dona Zefinha entrou na sua casa atendendo a um chamado de seu filho. Era a oportunidade que matreiro Zé Pilantra queria para dar um fim a pedra que estava na panela. Tirou a dita cuja e a atirou longe para que ninguém a encontrasse.

Dona Zefinha voltou ao local aonde Zé Pilantra fazia o pirão logo Zé Pilantra declarou: - Pronto, está cozido o pirão de pedra!

- Oxente Seu Zé, cadê a pedra?!

- Ora bolas, cozinhou, não está vendo? Desmanchou-se Dona Zefinha. Vamos comer que minha barriga está dando roncos de fome.

E assim eles comeram o tão pirão de pedra, que, de tão bom que eles acharam rasparam até o fundo da panela.

Depois de satisfeito do pirão, Zé Pilantra tratou de ir embora pois Dona Zefinha, por gostar tanto do pirão, disse iria fazer um outro em sua casa para seu marido que estava para chegar  de uma viagem. Por isso Zé Pilantra botou os pés na estrada matutando como bolar um novo ardil para enganar outro inocente e dando gargalhadas em função do seu êxito no pirão de pedra.

Dona Zefinha botou numa panela todos os ingrediente que deu ao Zé Pilantra, não esquecendo da badalada pedra e esperou três, quatro, cinco e seis horas e nada da pedra desmanchar. Foi aí que ela sentiu que foi ludibriada e enfurecida gritou: - Aquele 'fidumaégua' me enganou, se ele aparecer 'pru qui' de novo juro que me vingo. Tiro suas calças e corto seus documentos de macho, pois apareça, seu filho do demo!!!

Zé Pilantra por ali nunca mais passou!